domingo, 16 de maio de 2010

Ode às Maquinas


À pungente escuridão do grande monoculo de onde se espreita
Arrepio-me e escrevo.
Escrevo com o corpo Escaldando por entre todos os meus esporos,
que se fazem salientes.
Toda esta beleza tráz fogo em mim!

Macro, Flash, Click e já está!
Fiquei pasmada só de clicar e ouvir
Senti-me febril e ao mesmo tempo excitada.
Oh, como tudo isto me deixa em delirio
Troca de Objectiva, coloca objectiva,
Amplia, Foca, Flash e Clica!
Inspiro e expiro o seu cheiro...

Os meus olhos tremem.
Os meus lábios sangram de tanto os morder.
Promíscua! Eu de tanto sentir isto e querer sentir
Todos os dias, horas e minutos e segundos
De todas as maneiras

O meu delirio apodera-se de mim
Quero ser manipulada por esta fúria!
Quero fotografar e ser fotografada!
Atirem.me com máquinas à cara,
Agridam-me com objectivas!
Sou capaz de morrer por isto!
Teria uma morte gloriosa.

Tá, tá, tá e já está!
Eia! Lá vem ela quentinha a sair.
Sejam Pollaroids, Canons, Nikons ou Lomos
Amarrem as todas a mim.

Porque eu quero que, em toda a parte elas estejam comigo!

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